Viveiro Fazenda da Esperança
Ipê Roxo
Nome científico: Handroanthus impetiginosus
Classificação superior: Handroanthus
Classificação: Espécie
Reino: Plantae
Classe: Magnoliopsida
Família: Bignoniaceae
Filo: Tracheophyta
Handroanthus impetiginosus, comummente conhecida como "ipê-roxo", é uma árvore da América do Sul, conhecida pela utilização medicinal e como madeira de lei. Deve salientar-se que "ipê-roxo" é um nome popular, e não reflete a verdadeira cor das flores, que vai de um rosa intenso ou magenta, até um rosa claro.
Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl., Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb, Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos, Handroanthus avellanedae (Lorentz ex Griseb.) Mattos, Tabebuia ipe var. integra (Sprague) Sandwith.
Nomes populares: Ipê, ipê roxo, Ipê cavatan, Ipê Comum, Ipê de São Paulo, Ipeuva, Aipe, Cavatan, Guiraiba, Lapacho, Pau d’Arco Roxo, Pau d’Arco Vermelho, Peuva, Peuva Roxa, Piúva , Queraiba ou Upeuva no Brasil; Lapacho ou Lapacho negro na Argentina; Lapacho no Paraguai; Tayihú no Guarani; e Taheebo na antiga Inca (Hashimoto 1962;. da Silva et al, 1977; Accorsi 1988). Em uma antiga língua dos incas, quíchua, que ainda é mantida pelos habitantes das serras, a espécie Tabebuia é chamada tahuari (Williams 1936).
Origem ou Habitat: É nativa da América do Sul, do Brasil até o norte da Argentina (Williams 1936; Hashimoto 1962; da Silva et al 1977).
Características botânicas: Árvore de porte mediano com 20 a 35 m de altura, de tronco grosso. Folhas compostas digitadas de 5 folíolos. Flores vistosas rosadas ou roxas cobrindo quase toda a planta que fica completamente sem folhas durante a floração. As plantas dão vagens longa suspensas contendo numerosas sementes de setembro para outubro. As sementes são aladas. A madeira é valiosa para a construção geral e marcenaria.
Partes usadas: Cascas.
Uso popular: Diurético, adstringente, anti-infeccioso, antifúngico. É usado no tratamento caseiro de impetigo, câncer de pele, lupus, doença de Parkinson, psoríase e alergias.
Composição química: As naftoquinonas lapachol, B-lapachona e xiloidona são consideradas importantíssimas. O Ipê-roxo também contém quercetinas, lapachenol, carnosol, indol, coenzyma Q, alcalóides como tecomina, ácidos hidroxibenzóicos, e saponinas. Naftoquinonas (lapachol, lapachona e derivados), lapachenol, quercetina e o ácido hidroxibenzóico.
Ações farmacológicas: O lapachol e outras substâncias isoladas,apresentaram, em ensaios biológicos, atividade antineoplásica, antimicrobiana, anti-inflamatória e anticoagulante.
O Ipê-roxo também demonstra atividades anti-parasitária e anti-virais, e tem se mostrado efetivo como fungicida no tratamento de infestações por Candida albicans e micoses.
Posologia e modo de uso: Decocção: 3 colheres (sopa) de entrecasca quebrada em pequenos pedaços para 1 copo d´água.
Observações: A recente redescoberta de drogas vegetais de Tabebuia como eficazes para o câncer, fez de T. avellanedae um recurso medicinal importante (Hartwell 1968; Gottlieb e Mors 1980; MM Rao e Kingston 1982; Accorsi 1988; Ueda e Tokuda 1990; Zani et al 1991;. Saizarbitoria et al., 1992).
A primeira substância pesquisadas extensivamente foi descoberta em 1956, no Brasil: o lapachol, bactericida. No ano seguinte, a mesma equipe isolou o a- e b-lapachona, e a xyloidona. Esses constituintes são comprovadamente fungicidas e bactericidas.