Viveiro Fazenda da Esperança
Aroeira Mansa
Nome científico: Schinus terebinthifolia
Classificação superior: Schinus
Classe: Magnoliopsida
Divisão: Anthophyta
Família: Anacardiaceae
Ordem: Sapindales
Reino: Plantae
Aroeira-vermelha, também chamada aroeira-da-praia, aroeira-de-remédio, aroeira-mansa, chibatã, cabuí, cambuí ou fruto-de-sabiá, é uma árvore nativa da América do Sul da família das anacardiáceas.
Além da arborização e reflorestamento, a aroeira-mansa é uma árvore de múltiplos usos. Sua madeira é muito valorizada: no interior, costuma-se dizer que um mourão feito dela “dura a vida toda e mais cem anos”. As pequenas flores de cor branco-esverdeada se tornam uma fonte rica de pólen para as abelhas. Seus frutos, rosados a avermelhados, alimentam aves silvestres e podem ser utilizados como condimento na culinária. Além disso, é empregada nos curtumes para curtir peles e couros. As folhas maduras servem como forrageiras para alimentação do gado. No Peru, a aroeira é utilizada para se fazer vinagre e bebida alcoólica. Seus frutos são utilizados na Flórida para decoração de Natal, o que lhe conferiu a denominação de “Christmas-berry”.
E há também diversos usos medicinais: o chá de suas cascas é usado pelas mulheres em banhos de assento após o parto, assim como para doenças dos sistemas urinário e respiratório, na hemoptise e na hemorragia uterina. Experimentos demonstraram sua ação cicatrizante, antiinflamatória e antimicrobiana para fungos e bactérias. Foi comprovada sua eficiência no tratamento de feridas de pele e mucosas, incluindo cervicites, hemorróidas inflamadas e gengivites.
As cascas e folhas secas da aroeira são utilizadas contra febres, problemas do trato urinário, contra cistites, uretrites, diarréias, blenorragia, tosse e bronquite, gripes e inflamações em geral. Sua resina é indicada para o tratamento de reumatismo e ínguas, além de servir como purgativo e combater doenças respiratórias. Emprega-se também contra a blenorragia, bronquites e doenças das vias urinárias.
Seu óleo é usado externamente como cicatrizante e para dor-de-dente. A resina amarelo-clara (que endurece ao ar tornando-se azulada e depois pardacenta), é medicamento de largo uso entre os sertanejos. Em outros tempos, a aroeira foi utilizada pelos jesuítas que, com sua resina, preparavam o " Bálsamo das Missões ", famoso no Brasil e no exterior.
A planta inteira é utilizada externamente como anti-séptico no caso de fraturas e feridas expostas. O óleo essencial é o principal responsável por várias atividades desta planta, especialmente à ação antimicrobiana contra vários tipos de bactérias.
Em muitos estudos in vitro, extratos da folha da aroeira brasileira demonstram ação antiviral contra vírus de plantas e apresentam ser citotóxicos para nove tipos de câncer das células.